segunda-feira, 25 de outubro de 2010







WOOLF, Virgínia. Contos completos. São Paulo: Cosac Naify editores.




Esse livro faz parte da coleção Mulheres modernistas que a editora brasileira Cosac Naify criou. Como integrantes da coleção há Marguerite Duras, Gertrude Stein, Virgínia Woolf, dentre outras.




A Cosac Naify é uma editora nova no Brasil e tem como cartão de visita a preocupação com o projeto gráfico dos livros, que tende sempre ao arrojado e ao elegante. Além de investir muito na tradução, convidando sempre os maiores especialistas da obra para executarem-na e para selecionarem os paratextos que irão compor o livro, sempre textos de referência e importantíssimos para o enriquecimento da leitura da obra e da sua fortuna crítica.




O projeto dessa capa me atrai muito pela elegância que expressa, remetendo um pouco à época vitoriana em que Virgínia Woolf viveu e escreveu, mas ao mesmo tempo há um toque moderno, como uma recriação, repaginação do conservadorismo e do requinte vitoriano. Outras coisas que me agadam muito é a coerência da capa com o nome da coleção e a identidade criada para a coleção a partir da capa. Considerando o nome Mulheres modernistas, o autor ganha um espaço maior no projeto gráfico, sem deixar o título do livro longe do campo de visão daquele que se depara com o livro. Ademais, considerando a coleção como um todo, as capas expressam um todo também moderno e feminino.




AKHMATOVA, Anna. Antologia poética. Porto Alegre: Lpm Pocket.


Esse livro foi publicado por uma editora especialista em livros de bolsos, daí a menores dimensões de sua capa. Eu considero essa capa um um projeto simples e interessante na medida em que ela exerce muito bem a sua função de apresentação. Em primeiro momento nos salta aos olhos a apresentação da própria autora. Em se tratando de Anna Akhmátova isso é muito importante já que no Brasil só tinha publicado sobre ela poucos poema numa antologia de poesia russa traduzida pelos irmãos Campos (Poesia russa moderna) , que conta com uma edição que possui uma pequena biografia da autora antes dos seus poemas. Outro ponto que merece destaque é o tipo utilizado para a representação do nome da autora, assemelhando-se ao alfabeto cirílico e aos tipos utilizados nos cartazes da publicidade russa nas primeiras décadas do século vinte.

Por fim, o título do livro mantém uma certa delicadeza e melancolia que a foto sugere, um cuidado como se estivesse escrito à mão. Considero ainda que é um prenúncio também da própria poesia da autora russa, delicada, mas forte e melancólica.

BRINGHURST, Robert. Elementos do estilo tipográfico. São Paulo: Cosac Naify, 2006.
Essa capa também ganha pela simplicidade e precisão. A escolha da cor é muito apropriada, por ser chamativa, ressaltar a arte impressa.
Além disso, por ser tratar de um livro que apresenta os paradigmas da tipografia, a arte apresentada é muito pertinente, apresentando ao leitor o tema do livro.









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