quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Notas de Teoria de Edição
Ana Carina Morais - 14
Ana Paula Limão Ferreira- 16
André Pereira - 17
Armando Alves - 17
Carla Vieira - 16
Carlos Miranda - 14
Cátia Ribeiro - 16
Andreia Gonçalves - 15
Helena Angelino - 16
João Cancela - 18
Isabel Marques - 14
Marian Pithon - 15
Obviamente, estou aberto a discuti-las.
domingo, 16 de janeiro de 2011
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Tinta nos Nervos: BD no Museu do Comendador
sábado, 8 de janeiro de 2011
Editoras de livros apanhadas pelas redes
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Lançamento do livro José Saramago nas Suas Palavras
Dia 15 de Novembro decorreu o lançamento do livro José Saramago nas Suas Palavras, que teve lugar na Biblioteca Municipal Central - Palácio Galveias, local que o escritor tinha por costume frequentar quando ainda se encontrava em Portugal.
Tive conhecimento deste lançamento a partir de um e-mail que me enviaram e decidi ir, juntamente com a minha colega Helena Angelino, que também se mostrou interessada.
Chegámos ao local por volta das 18.10h. Não se podia dizer que estivesse muita gente, provavelmente por o autor já não se encontrar entre nós, tratando-se assim de um lançamento sem o escritor... Havia somente duas câmaras no local para fotografar o evento.
Como é habitual, na entrada da sala onde se deu o lançamento, estava montada uma banca onde se vendiam alguns exemplares.
Com um ritmo lento, as pessoas entraram na sala e enquanto se sentavam, falavam e cumprimentavam-se, ao passo que eu e a Helena não conhecíamos ninguém como era de esperar.
Em frente do público reunido, estava uma mesa de onde se fez a apresentação do livro. Nela, encontravam-se Zeferino Coelho, editor da Caminho, a jornalista Clara Ferreira Alves, Fernando Gómez Aguilera, que seleccionou os excertos que compõem a obra e os organizou e por fim, Pedro Lamares, o responsável pela leitura de algumas passagens.
O discurso começou com palavras de agradecimento de Zeferino Coelho por Saramago ter depositado a sua confiança na editora Caminho. Carla Ferreira Alves lamentou o estranho que é o escritor não se encontrar entre nós e lembrou que faria 88 anos dia 16 de Novembro. Explicou no que é que consiste a obra e descreveu-a como uma espécie de antologia de frases, palavras e máximas ditas por Saramago ao longo da vida, sobretudo em entrevistas a jornais e revistas. CFA considera que a voz do escritor esclareceu o mundo, Portugal, as pessoas... Salientou que José Saramago era alguém que dizia o que pensava sem rodeios, com clareza e lucidez. Evidenciou a importância de dizer “não”: “A capacidade de ser livre (...) a liberdade moral, intelectual, íntima e colectiva, transmite-se na capacidade de dizer não”.
Seguiu-se Fernando Gómez de Aguilera que destacou a importância do conteúdo da escrita do autor. Utilizou alguns ditos de Saramago para exemplificar, ao dizer que dentro das palavras está o ser humano e que as palavras sem consciência não têm conteúdo. FGA lembra com isto, que Saramago respondia sempre com muita consciência. Referiu, também, um prólogo que o escritor escrevera sobre Quixote, no qual expôs uma teoria muito interessante ao dizer que existem quatro portas para o conhecimento, sendo a primeira destas a curiosidade, a segunda a leitura e o saber, a terceira a imaginação e a quarta a liberdade. Também nos lembrou que as suas personagens estão sempre a caminhar... Podemos constatar isso no Memorial do Convento, na Viagem do Elefante, em Caim... caminham sempre em direcção à liberdade. Esse caminho começa por saber dizer “Não”.
Referiu-se muito o seu humanismo crítico e a prioridade que dava ao ser humano, sendo esta obra exemplo disso mesmo.
Por fim, falou Pedro Lamares, destacado para ler algumas passagens do livro, que me pareceram bem escolhidas porque me deram vontade de o ler, mas claro que o que citou não pôde demonstrar toda a riqueza da obra como ele mesmo o disse. Leu uma passagem que explicava a origem do nome Saramago e outras que apontei e que considerei bonitas e verdadeiras. São algumas delas: “A felicidade é uma invenção para tornar a vida suportável”; “É aterrador o uso que se pode fazer de uma palavra”; “ A obra feita é sempre maior do que quem a fez”; “A nossa única defesa contra a morte é o amor”, entre outras.
No fim da apresentação ouvimos algumas palavras de Pilar del Río que se levantou do público e se dirigiu à mesa. Agradeceu a Pedro a selecção escolhida e deu-nos a conhecer a opinião do marido em relação à crise que assola Portugal. Saramago terá dito que a crise que se diz económica é antes uma crise de moral.
Este lançamento foi muito centrado no autor, tal como o livro o é. Como foi dito na apresentação, embora seja uma obra feita de entrevistas, lembra um ensaio que diz o que devemos ser.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Relatório de um lançamento
Após todos se sentarem na sala adjacente, Zeferino Coelho, o editor de José Saramago, falou um pouco sobre o escritor e passou rapidamente a palavra a Clara Ferreira Alves. A jornalista disse algumas palavras sobre Saramago - que, se fosse vivo, faria oitenta e oito anos no dia seguinte - contou como conhecera o escritor, disse que, para o Nobel português, o mais importante na vida era a capacidade de ser livre e que o tinha ouvido afirmar que "se calhar, a literatura não tem de servir para nada". Clara Ferreira Alves disse que a dignidade e a capacidade de dizer 'não' eram cruciais para Saramago. A jornalista acrescentiu que, para Saramago, o que nos distinguia era a possibilidade de dizermos o que pensávamos e que o escritor receava perder a língua portuguesa ao mudar-se para Lanzarote.
O interveniente seguinte foi Fernando Gómez Aguilera - editor de Saramago em Espanha. Aguilera falou um pouco do escritor e contou que era na Biblioteca Municipal Central — Palácio Galveias que Saramago mais gostava de estar para ler. Contou que, para Saramago, havia quatro portas para o conhecimento: a curiosidade, a leitura, a imaginação e a liberdade. Revelou que uma das metáforas da sua obra era a viagem. O editor espanhol ouviu Saramago dizer várias vezes para as pessoas não se resignarem, para se indignarem, que o ser humano é que era a prioridade e que a maior de todas as revoluções era a da bondade.
O actor Pedro Lamares leu algumas passagens do livro, referindo que ‘Saramago’ era a alcunha da família - e que o pai de José não gostava - e que o verdadeiro apelido do autor era Sousa. Leu passagens onde o prémio Nobel afirmava que “o único lugar que se habita de facto é a memória”; que “a ética é a mulher mais bonita do universo” e que “a única defesa da humanidade contra a morte era o amor”.
Por último, Pilar Del Río disse algumas palavras sobre Saramago, sobre os seus últimos dias e sobre as últimas reuniões com os amigos na casa de Lanzarote. Com voz trémula, Pilar recordou uma das últimas conversas entre amigos em que Saramago afirmara que a presente crise não é económica, mas sim moral. Após uma salva de palmas dos presentes, o lançamento chegou ao fim.