segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Entrada segunda.

Um pouco de surrealismo?
Eis a minha última capa analisada à lupa.
Se uma capa demora sete segundos a captar a nossa atenção, a capa que vou comentar demorou muito menos, peco só por colocar uma, porque poderia colocar todas, mas não vou ocupar o palco por muito mais tempo.

Kafka à Beira Mar, por Haruki Murakami, Casa das Letras


Vou dar aos leitores do blogue um tempo para verem, ou observarem a capa.
Agora eu, posso dizer que esta é uma perfeita combinação de história e capa, dois mundos diferentes a coexistirem em perfeita harmonia.
Posso já estar influenciado, mas para mim, Murakami é sinónimo de qualidade, as suas histórias são de uma surrealidade rotineira que nos transportam para um outro mundo que poderia bem ser o nosso. Não estamos aqui para falar da história.
A Casa das Letras consegue juntar o surrealismo simples do enredo a uma capa simples e bastante directa, isto é, as capas são quase despidas de elementos ou cores, o fundo branco cobre a capa e apenas isso. Depois podemos encontrar nas capas um elemento diferente consoante o tema da história, neste caso um gato. Mas também podia ser um carneiro, ou vinis, só para citar alguns. Este elemento na sua maioria, até porque não li todos os seus livros, é o objecto principal da obra. Pode até ser considerado de spoiler e estragar o livro ao leitor. E então?
O nome do autor estrategicamente colocado ao topo da capa em duas tonalidades e depois o título diferenciando-se dos elementos da capa, mas nunca se destoando. Normalmente a um vermelho chamativo. Por fim, as críticas, mais que merecidas.

Estas edições contém duas bandanas, a primeira resumindo a história e confundindo o leitor, atraindo-o para o mistério. A segunda conta a vida do autor.

A contra-capa é ocupada pela foto do autor que nos olhos com aqueles olhos de japonês, como quem diz, não estamos perante uma história normal e como se narrasse o seu próprio livro, entrega-nos uma pequena citação. Pronto, estamos presos.

Espero ter sido sucinto e que tenham compreendido a minha análise.

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